Seminário
apresentado pelas alunas Clarisse Gaya, Daniela Marques, Fernanda Carvalho,
Fernanda Correia, Fernanda Miranda, Mara Braga Bermúdez, Raquel Mota, Patrícia Leal e Viviane
Martinez na disciplina Seminário Integrador I, sob a responsabilidade do
professor Rodrigo Sinnot Silva. Foi abordada a disciplina Fundamentos
sociológicos em Psicologia – ministrada pelo professor José Ricardo Kreutz – e
a interlocução entre esta e os demais componentes curriculares do curso.
Uma vez que a Psicologia se dedica a estudar o ser humano em suas
diferentes concepções e aspectos, e que este está, desde o seu nascimento
inserido em um contexto social, e que a convivência em grupos é necessária para
sua sobrevivência, a interlocução de tal ciência com a Sociologia é fundamental
para a compreensão do tema.
História da psicologia
A evolução histórica da Psicologia se dá entre indivíduos e
sociedade, teorias que foram criadas e que influenciaram socialmente e que
repercutem até hoje, fundamentando diferentes estudos em diversas áreas do
conhecimento. Muitos pensamentos e ideologias sociais foram essenciais para a
construção da Psicologia, como estruturalismo, funcionalismo, positivismo, etc.
Filosofia e Psicologia
A
Filosofia e a Sociologia estão intimamente ligadas, tanto que, é praticamente
impossível dissociar uma da outra. Pensamentos individuais e atitudes
filosóficas, através da consciência de si e da consciência social, deram origem
a diferentes linhas de pensamento filosóficos que fundamentaram a Sociologia
como ciência.
Psicologia do desenvolvimento
O
desenvolvimento do ser humano é estudado dentro de um contexto social, no qual
o indivíduo é inserido desde o seu nascimento. Na família é onde ocorre sua
socialização primária, que influencia grandemente seu desenvolvimento psíquico
e a formação da personalidade. No contexto escolar, a reprodução das condições
sociais interfere nas questões educacionais; a partir dela se concretizam
relações sociais que se dão continuamente ao longo do desenvolvimento humano.
Processos psicológicos básicos
Todos os processos psicológicos básicos como linguagem,
inteligência, memória, aprendizagem, percepção, etc. nos “capacitam” para
sobrevivência e convivência em sociedade, possibilitando a comunicação, a
consciência de si e dos outros, os pensamentos, etc.
Neuroanatomia
O conhecimento da estrutura e funcionamento do cérebro nos permite
saber como se dão certas ações, reações, sensações, e, diferentes
comportamentos que influenciam e são influenciados externamente pelo meio
social; nos possibilita compreender patologias e disfunções orgânicas e suas
implicações sociais.
A profissão de psicólogo
No campo da sociologia das profissões, uma investigação sobre a
história da psicologia no Brasil é de suma importância para nós, estudantes de
psicologia e futuros psicólogos. Quando surgiu a psicologia, esta não era
considerada uma profissão, e sim usada como apoio a outras profissões como, por
exemplo, a medicina.
Quando a psicologia começou a desenvolver um conhecimento
especializado e assim conquistar um mercado de trabalho, achou-se melhor
regulamentar a profissão, mas, mesmo assim, o psicólogo só poderia atender seus
pacientes com a supervisão de um médico. A comissão de educação e cultura vetou
este projeto e, em seu lugar, aprovou uma proposta da Associação Brasileira de
Psicólogos em conjunto com a Sociedade de Psicologia de São Paulo que caberia
ao psicólogo o direito de trabalhar na denominada “solução de problemas de
ajustamento” excluindo assim o termo psicoterapia, já que este gerava conflitos
entre médicos e psicólogos, pois os médicos acreditavam que a psicoterapia pertencia
à medicina e não queriam perder seus pacientes para os psicólogos.
Foi somente em 1962 no dia 27 de agosto que a lei que
regulamentava a profissão de psicólogo foi aprovada. Porém, além da lei, foi
preciso criar um decreto definindo as funções destes profissionais.
As funções que foram regulamentadas, segundo decreto, são:
1) utilizar métodos e técnicas psicológicas com o objetivo de:
a) diagnóstico psicológico;
b) orientação e seleção profissional;
c) orientação psicopedagógica;
d) solução de problemas de ajustamento.
2) dirigir serviços de psicologia em órgãos e estabelecimentos
públicos, autárquicos, paraestatais, de economia mista e particulares.
3) ensinar as cadeiras ou disciplinas de psicologia nos vários
níveis de ensino, observadas as demais exigências da legislação em vigor.
4) supervisionar profissionais e alunos em trabalhos teóricos e
práticos de psicologia.
5) assessorar, tecnicamente, órgãos e estabelecimentos públicos,
autárquicos, paraestatais, de economia mista e particulares.
6) realizar perícias e emitir pareceres sobre a matéria de
psicologia (Brasil, 1964).
Sendo assim os psicólogos tiveram a oportunidade de trabalhar em
diversos campos como: a clínica, a escola, o trabalho, a área acadêmica e
jurídica.
Entre as áreas de atuação podemos citar:
- Psicologia clínica e psicoterapia - A psicologia clínica engloba a psicoterapia, mas não se reduz a ela. Na psicoterapia o psicólogo visa na amenizar o sofrimento e ampliar o autoconhecimento. Na clínica o psicólogo realiza intervenções em diferentes processos como perda, luto, família, trabalho entre outros.
- Psicologia em escolas e instituições de educacionais - O seu trabalho se dará em questões que envolvam as relações de ensino e aprendizagem e os processos relacionados a ela e outras.
- Psicologia em empresas, indústrias e organizações - Se envolvem em processos de produção do trabalho e recursos humanos essencialmente.
- Psicologia em instituições prisionais e varas de família - Nas instituições prisionais os profissionais procuram promover a socialização dos presos e dar condições de convívio entre os mesmos e funcionários da instituição. Nas varas de família e da infância e juventude eles ajudam a resolver os conflitos familiares e as disputas judiciais.
- Psicologia ambiental e comunitária – A atuação do psicólogo se dá resolvendo questões de vínculos entre as pessoas, na socialização para promoção da coletividade. Os que atuam na parte ambiental podem atuar a área do trânsito, trabalhar em conjunto com outros profissionais no planejamento da mobilidade humana na subjetividade das relações.
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